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Mídias do jornalismo profissional são as mais confiáveis, segundo pesquisa

Por Redação 40 Graus    Domingo, 30 de Março de 2025


Segundo pesquisa realizada pela agência de inteligência de dados Ponto Map e pela V-Tracker, plataforma de monitoramento de redes sociais, as mídias tradicionais (especialmente o rádio) e o jornalismo profissional são vistos como os meios de comunicação mais confiáveis para a população.

De acordo com a pesquisa, do outro lado do espectro, as redes sociais e os influenciadores digitais são os menos confiáveis, apontam os números apresentados.

A pesquisa mostrou que para os entrevistados,  o rádio é o líder na confiabilidade (81%). TV fechada (75%), TV aberta (70%), mídias impressas (68%) e portais de notícias (59%) foram identificados como os outros modos mais confiáveis de consumir informação do que WhatsApp, Telegram e Discord (51%), blogs (43%), redes sociais (41%) e influenciadores (35%).

Também obtiveram percentuais favoráveis (com 60% ou mais de índice de aprovação) sites governamentais (71%), de empresas (70%), publicidade (70%), comunicações internas (69%) e redes sociais de empresas, instituições e governos (60%).

“Com o excesso de fake news e o volume absurdo de informações disponíveis, a tendência das pessoas é recorrer à imprensa tradicional porque ela se responsabiliza. Tem CNPJ e endereço. A geração prateada [com mais de 60 anos] é mais crítica. A geração Z [de nascidos entre 1995 e 2010] recorre à imprensa [tradicional] porque a vê como mais confiável”, afirma Marília Stabile, fundadora da Ponto Map.

Foram entrevistadas 2.051 pessoas em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e está alinhada, de acordo com o Ponto Map, com o Censo do IBGE divulgado em 2022.

Apesar de uma confiabilidade que pode ser considerada baixa (41%), as redes sociais são os meios de comunicação acessados mais frequentemente por 74% dos entrevistados, percentual ligeiramente maior do que WhatsApp e Telegram (73%).

Para a Ponto Map, isso significa que as pessoas recebem informação, mas não acreditam nela imediatamente. Podem buscar, em seguida, outras fontes por estarem cansadas de notícias falsas e polarização política, afirma Stabile.

“Há um olhar crítico, sim. Muitas vezes a gente está focado no noticiário partidário, de ex-presidente, do atual presidente e guerras de grupos no Congresso. Mas quando você vai na opinião pública em geral, o recorte é outro. As pessoas têm a capacidade de pensar”, diz.

De acordo com a pesquisa, os fatores que melhoram a reputação do veículo de comunicação são a utilização de fontes confiáveis (51%), apresentação de números claros (35%), qualidade do conteúdo (32%), profissionalismo dos apresentadores ou jornalistas (31%) e reputação ou tradição (21%).

A liderança de credibilidade do rádio se dá, de acordo com a CEO da Ponto Map, Giovanna Masullo, por seu alcance nacional, por atingir um público amplo com grande facilidade e por ter nomes famosos da imprensa que também estão em outras mídias, como TV e jornais, por exemplo.

“Mesmo quem não está envolvido com jornalismo e informação ouve rádio. No Brasil continental, isso é muito importante. É o veículo mais maltratado, mas a gente não pode dispensá-lo. Para nós, foi surpreendente [a primeira posição]”, afirma.

Na pergunta sobre a capacidade de as mídias contribuírem para formar opinião, a TV aberta fica na liderança quando a resposta é “influencia bastante”. São 33%, à frente de sites governamentais (32%), redes sociais (31%) e WhatsApp/Telegram/Discord (30%).

A TV aberta também é a mais citada (17%) como confiável para compartilhar e comentar. Os outros lembrados com mais frequência foram sites governamentais (12%), portais noticiosos (10%), WhatsApp/Telegram/Discord (9%) e mídia impressa (9%).

Uma das conclusões da Ponto Map é que a a audiência da imprensa tem potencial para crescer mais com o uso de recursos de áudio e vídeo, já que não são os veículos mais acessados diariamente.

Outro aspecto que chamou a atenção dos responsáveis pela pesquisa foi a baixa confiabilidade dos influenciadores sociais. Mas Stabile lembra que, em 2006, foram feitas duas pesquisas sobre credibilidade das mídias e das redes sociais. A porcentagem dos influenciadores era pequena, mas agora a confiabilidade dobrou em relação há 19 anos.

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