Mangabeira viu sua população diminuir entre os anos de 2010 e 2022, mas segue como o mais populoso da Paraíba e não apenas de João Pessoa com 70.903 habitantes. Um bairro que registrou um grande crescimento foi Gramame. Em 2010 Gramame tinha 24.826 habitantes e ocupava a 7ª posição nesse ranking, assumiu a 2ª posição em 2022, quando sua população alcançou a marca de 64.890 habitantes. Enquanto isso, o Cristo Redentor caiu da 2ª para a 3ª posição, apesar da população do bairro ter crescido no período, passando de 37.538 para 38.115 habitantes.
As informações são do “Censo Demográfico 2022: Malha de Setores Censitários Definitivos”, divulgado nesta quinta-feira (14) pelo IBGE, por meio de arquivos vetoriais digitalizados dos setores censitários que representam o território brasileiro, onde é possível fazer uma ampla gama de análises e estudos técnicos, com a composição de recortes personalizados de acordo com o interesse do usuário.
Cada Setor Censitário é identificado a partir de sua localização quanto a divisão político-administrativa do País – Municípios, Distritos, Subdistritos – e representa um conjunto de localidades que servem de referência para a contextualização dos dados estatísticos – Bairros, Povoados, Lugarejos, Núcleos Urbanos, Favelas e Comunidades Urbanas, Agrupamentos Indígenas e Quilombolas, entre outros. De forma inédita, a malha é divulgada acompanhada de informações sobre as operações de formação dos setores censitários, facilitando a recomposição da comparabilidade dos dados entre o Censo 2022 e a edição anterior da pesquisa, em 2010, o que contribui para estudos comparativos em escala local.
Estão sendo igualmente divulgados, por meio de arquivos digitais, o “Censo Demográfico 2022: Agregados por Setores Censitários: Resultados do universo”, que apresenta dados obtidos a partir questionário do universo para a população residente – como sexo, idade, cor ou raça, alfabetização, entre outras – e para domicílios – como abastecimento de água, destino do lixo, tipo de esgotamento sanitário – para o recorte de Setores Censitários, e o “Censo Demográfico 2022: Trajetos dos Recenseadores”, com os trajetos realizados pelos milhares de recenseadores que foram a campo durante a operação censitária evidenciando o esforço operacional da instituição para execução do censo.
De acordo com o Censo Demográfico, no território paraibano havia, em 2022, um total de 255 bairros. O IBGE considera como bairros apenas as divisões ou zoneamentos internos aos municípios legalmente instituídos pelo poder municipal.
Entre os dez bairros mais populosos da Paraíba, seis estavam na capital: Mangabeira (70.903 hab.), Gramame (64.890 hab.), Cristo Redentor (38.115 hab.), Manaíra (26.464 hab.), Oitizeiro (25.818 hab.) e Jardim Cidade Universitária (25.582 hab.). Dos quatro bairros localizados no interior do estado que figuram na lista dos dez mais populosos, três pertencem a Campina Grande: Três irmãs (33.251 hab.), Malvinas (27.526 hab.) e Serrotão (24.731 hab.). O bairro de Tibiri, pertencente ao município de Santa Rita, completa a lista com seus 24.064 habitantes.
O Censo Demográfico 2022 apurou ainda que, do total de 3,96 milhões de pessoas residentes no território paraibano, 3,15 milhões (79,5%) viviam em áreas urbanas, enquanto 810,4 mil (20,5%) moravam em áreas rurais. A taxa de urbanização da população estadual ficou abaixo da média brasileira (87,5%), mas acima da nordestina (77,7%). Relativamente a 2010, quando a taxa de urbanização da população paraibana era de 75,4%, houve um aumento de 310,5 mil pessoas vivendo em áreas urbanas do estado, enquanto as áreas rurais perderam 117,4 mil habitantes.
A lista dos dez municípios paraibanos mais urbanizados é encabeçada por Cabedelo, João Pessoa e Bayeux, cujas taxas de urbanização, em 2022, eram de 100%, 99,9% e 99,5%, respectivamente. Já no ranking dos que então ostentavam as dez maiores proporções de população rural, as três primeiras posições são ocupadas pelos municípios de Curral de Cima (88,2%), Sobrado (87,8%) e Barra de Santana (87,0%). É importante destacar que o IBGE adota critérios próprios para definir o que é área urbana e rural e nem sempre segue as delimitações estabelecidas em leis municipais, pois algumas estão defasadas ou imprecisas.
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