O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato favorito para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, defendeu nesta terça-feira (12/11) que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6×1 seja discutida ouvindo “os dois lados”.
A fala foi feita durante reunião com parlamentares da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).
“É um tema que nós temos e vamos discutir, mas não ouvindo apenas um lado. Temos de ouvir também quem emprega, temos de ouvir os dois lados”, defendeu.
"Me preocupa muito, por exemplo, essa PEC agora recentemente apresentada, essa 6 por 1, onde se criou um verdadeiro movimento nas redes sociais a favor da PEC, que é um tema que nós temos e nós vamos discutir, mas não ouvindo apenas um lado. Nós temos que ouvir, também, quem emprega", declarou ele nesta terça-feira, 12, em Brasília, em um almoço com empresários do setor produtivo.
Motta continuou: "Nós temos que ouvir os dois lados, para que, a partir daí, nós não venhamos a ter o avanço de uma pauta que possa amanhã ser danosa ao País".
Na sequência, o líder do Republicanos disse que a sua posição não é nem favorável, nem contrária à proposta de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). "Não estou aqui dizendo que sou a favor ou contra. Estou dizendo que o Parlamento tem que, na sua maturidade, discutir esses temas e discutir respeitando quem pensa o contrário", disse. "A Câmara não pode se transformar em uma Casa onde o debate fique prejudicado, às vezes por agressões pessoais e verbais, que em nada contribuem."
Motta ponderou não se declarar favorável ou contrário ao texto e defendeu um debate respeitoso. “A Câmara não pode se transformar numa Casa onde o debate fique prejudicado, às vezes, por agressões pessoais, verbais, que em nada contribuem com o debate.”
A proposta, apresentada por Erika Hilton, foi criada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), fundado pelo vereador eleito pelo Rio de Janeiro Rick Azevedo (PSol). O abaixo-assinado que busca apoio popular para a PEC tem mais de 1,6 milhão de assinaturas.
A redação original do texto prevê mudar a jornada de trabalho para quatro dias por semana no Brasil. O limite seria de oito horas diárias e 36h semanais, “facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
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