O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Patos (CMDM) comemorou o anúncio feito na tarde desta quinta-feira (20), pela secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Lídia Moura, que comunicou oficialmente a autorização do governador João Azevêdo (PSB) para a implantação do Programa Patrulha Maria da Penha no município.
Em audiência na Prefeitura Municipal de Patos, ao lado do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), da deputada estadual Francisca Motta (Republicanos), os primeiros passos burocráticos foram dados visando a implantação do Programa que fortalece a rede de combate à violência doméstica contra a mulher no interior da Paraíba.
Para Samara Oliveira, presidente do Conselho da Mulher, essa “uma grande conquista para a nossa cidade, para o nosso estado, para as nossas mulheres e que não vai abranger só Patos, são 21 cidades”, acrescentando ela que é um mecanismo de proteção que as mulheres enquanto Conselho lutam há mais de dez anos.
“Começamos lá atrás, ainda no Movimento de Mulheres Alga Benário e há cinco anos à frente do Conselho que estou que estamos batendo nessa tecla. A gente estava nessa luta, estava nesse pedido e a gente vê hoje, graças a Deus, os primeiros sinais dessa patrulha virem para Patos, ressaltou a presidenta.”
Na Paraíba, o programa já atende 130 municípios. Com a base de Patos, passará a atuar em mais de 150, garantindo segurança às mulheres que possuem ou solicitaram medidas protetivas.
A implantação da Patrulha Maria da Penha que irá atender 21 municípios da região.
Samara ressaltou que outros municípios tiveram o privilégio de ganhar o Programa antes de Patos e que a luta continuou. “Esse era um dos nossos grandes questionamentos. Nós dizíamos, por que outras cidades e Patos não? E agora a gente sente a alegria de saber que mais um mecanismo de proteção vai ser implantado”, disse ela.
Questionada, enquanto conselho, se vale a pena lutar por políticas públicas quando há uma união da própria sociedade, ela respondeu que “a gente precisa da união da sociedade, da sociedade civil organizada, da gestão, como também, de toda a sociedade de Patos, para que a gente possa conseguir trazer não só a Patrulha, mas que futuramente nossa Casa da Mulher Brasileira seja também instalada, porque vai ser mais uma proteção para Patos”, afirmou Oliveira.
Samara ainda pediu união de todos, da sociedade, de todos os órgãos públicos nessa luta, já que sozinhas as mulheres não chegarão a lugar nenhum.
“Essa é uma luta difícil que sem parceria, sem união entre os diferentes órgãos, não é possível se chegar a lugar nenhum. E às vezes o sistema não entende que a gente só quer beneficiar a sociedade e quando a gente vê isso se concretizando, a gente vê que o sistema entendeu que precisa trazer para Patos, é uma felicidade muito grande”, finalizou a presidente.
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