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A emissora Globo impediu que seus profissionais de jornalismo comparecessem à celebração da vitória de Hugo Motta (Republicanos – PB), realizada no sábado passado, 1º, após sua eleição para o cargo de presidente da Câmara dos Deputados. Já representantes de outras redes de comunicação estiveram presentes no evento. As informações são do jornalista Gabriel Vaquer, da coluna Outro Canal, do jornal Folha de São Paulo.
De acordo com informações apuradas pelo colunista, os jornalistas reclamaram, pois o evento era relevante por contar com a participação de importantes personalidades do cenário político do País, além de empresários e outras figuras de destaque.
A explicação dada pela emissora seria que o evento tinha um caráter pessoal para Motta. Portanto, quem comparecesse seria interpretado como apoiador do novo presidente da Câmara, o que poderia gerar uma imagem negativa para sua equipe de jornalismo.
Segundo fontes consultadas pela coluna, a proibição foi uma medida de cautela, motivada pela recente saída do apresentador Rodrigo Bocardi. O âncora do Bom Dia São Paulo foi desligado da empresa por violar o código de ética da organização.
Durante uma apuração, o setor de compliance da Globo constatou que, além de seu trabalho na emissora, Bocardi mantinha uma empresa que oferecia serviços a administrações públicas, incluindo prefeituras do estado de São Paulo, sobre as quais ele reportava regularmente no Bom Dia São Paulo.
Além disso, o jornalista atuava na área de treinamento de mídia, preparando políticos e empresários para participarem de entrevistas e programas, inclusive na própria Globo.
Essas atividades contrariavam as normas da emissora, que estabelecem um rigoroso código de ética para seus jornalistas. Esse conjunto de regras é comunicado a todos os profissionais contratados desde 2015, quando o departamento de compliance foi criado.
O Terra entrou em contato com a Globo, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestações.
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