A contadora Clair Leitão não conseguiu alcançar o número mínimo de assinaturas para concorrer ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Impossibilitada pelo regimento, que exige o apoio de pelo menos 12 deputados estaduais, Clair criticou o que chamou de “sistema fechado” na escolha dos postulantes ao cargo.
Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (14), Leitão destacou as dificuldades do processo:
“O prazo extremamente curto de apenas cinco dias úteis e o número elevado de assinaturas exigidas tornaram esse desafio praticamente intransponível. Além disso, ficou claro para mim que esse é um sistema fechado, onde poucos se comprometem, e que ainda temos um longo caminho a percorrer para garantir mais transparência e participação social nesses processos.”
A advogada e médica Alanna Galdino foi oficialmente indicada como candidata única ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) na noite desta sexta-feira (14). Ela é filha do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), e por isso, conta com o apoio de mais de 30 parlamentares e pode ser a primeira mulher da história a compor a Corte.
O processo foi aberto na segunda-feira (10) pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e seguiu até às 23h59 desta sexta-feira (14). Até a tarde de ontem não havia candidatos inscritos. O nome de Allana Galdino já recebeu o aval conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
Clair lançou sua pré-candidatura no último fim de semana, mas, segundo informações apuradas, conseguiu apenas cinco apoios, número insuficiente para viabilizar a candidatura.
Apesar do revés, a contadora reforçou que sua luta não termina aqui:
“A sociedade não esquecerá esses gestos de compromisso e apoio. Entendo que essa vaga era da Assembleia, mas a Constituição garante que qualquer cidadão que preencha os requisitos possa concorrer. E eu preencho todos eles. Fiz história pela coragem e pela ousadia de tentar abrir um caminho que muitos sequer ousam trilhar. A minha luta não termina. Vou continuar defendendo os espaços que nos pertencem.”
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