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Saiba por que você não deve dar refrigerante para crianças

Obesidade, diabetes, hipertensão e problemas na formação óssea. Esses são alguns dos riscos que correm as crianças que consomem refrigerantes. O alerta está no episódio desta semana do videocast “Sem Contraindicação”, que aborda a importância de um atendimento multiprofissional para a saúde das crianças.

A apresentadora Linda Carvalho recebeu o pediatra Constantino Cartaxo, superintendente da pediatria da Unimed João Pessoa, e a nutricionista Paloma Morais, da equipe do Hospital Pediátrico Unimed. Na semana das crianças, os especialistas abordaram diversos assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida dos pequenos.

Cuidados com a alimentação

A nutricionista Paloma Morais alertou que tem aumentado os casos de crianças com obesidade, problema que leva a outras doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Ricos em açúcar, corantes, cafeína e sódio, os refrigerantes têm grande contribuição para essa realidade, juntamente com outros alimentos ultraprocessados, como os salgadinhos tão comuns no lanche escolar.

Paloma destaca que, quando uma doença como diabetes se instala em uma criança, tem consequências graves para a qualidade de vida. “Imagina você pegar uma criança que acaba precisando ser furada todos os dias, que tem que ter um acompanhamento mais rigoroso, que não vai poder socializar numa festa [já] que não vai poder comer aquilo [que está sendo servido] porque tem uma diabetes”, comentou.

A nutricionista reforça a responsabilidade dos pais para mudar esse cenário e dá sugestões de lanches saudáveis. A participação das crianças faz toda diferença no preparo. “Na hora que for montar esse lanche, chama a criança para estar fazendo junto, por que isso vai estimular também essa questão sensorial, vai ser um momento com os pais”, sugere, comentando que essa é uma forma, também, de driblar o tempo corrido e passar alguns momentos especiais com o filho. “[Esse] É um momento de prazer para as crianças”, afirmou.

Importância do pediatra

O pediatra Constantino Cartaxo ressaltou a importância de, desde o nascimento até o fim da adolescência, a criança ter um pediatra de referência. “A gente brinca dizendo que toda criança tem direito de ter um pediatra para chamar de seu”, disse.

Segundo ele, isso é importante para que esse profissional desenvolva um vínculo não apenas com a criança, mas com toda a família. “Isso não se deve apenas ao fato de você orientar, mas principalmente de você estabelecer uma relação de confiança. Medicina é confiança. Então, a relação de confiança que você tem com a família e com a criança é que vai determinar a sua ação e a continuidade desse atendimento”, explicou.

Com essa proximidade, o pediatra consegue ter uma visão mais ampla do contexto de saúde do paciente, direcionando o acompanhamento, se necessário, para outros profissionais da equipe multiprofissional – ou mesmo para outras especialidades médicas. Entre esses profissionais, estão o nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social e enfermeiro.