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Palmeiras vê rivais trocarem de técnico quase 30 vezes na Era Abel

Por Globo Esporte    Sábado, 26 de Abril de 2025


Palmeiras vive um cenário oposto ao dos principais rivais do estado de São Paulo. Prestes a completar cinco anos de trabalho com Abel Ferreira, o Verdão vê Corinthians, São Paulo e Santos, somados, chegarem a 28 trocas de comando no mesmo período.

O arquirrival Corinthians é o próximo a confirmar a mudança, já que acertou na sexta a contratação de Dorival Júnior; ele será o 10º técnico do clube alvinegro nesse período.

 

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, contra o Botafogo-SP — Foto: Marcos Ribolli

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, contra o Botafogo-SP — Foto: Marcos Ribolli

O número de mudanças ainda aumentará, pois o Santos busca um substituto para Pedro Caixinha, demitido no início do mês. A equipe da Baixada Santista teve 12 trabalhos nos últimos quatro anos, incluindo duas passagens de Fábio Carille.

O São Paulo é o que menos fez modificações no comando técnico, mas ainda assim já teve seis técnicos desde 2021.

Abel Ferreira, por outro lado, tem no Palmeiras o trabalho mais longevo do futebol brasileiro no momento: 4 anos, 5 meses e 23 dias. No período, são 344 jogos (199 vitórias, 84 empates e 61 derrotas) e 10 títulos conquistados.

Ele tem tudo para se tornar o técnico com maior permanência em uma equipe do futebol nacional desde 2003, quando o Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos.

Ramón Díaz, técnico do Corinthians, e Abel Ferreira, do Palmeiras, se cumprimentam antes do segundo jogo da final do Campeonato Paulista, na Neo Química Arena — Foto: Marcos Ribolli

Ramón Díaz, técnico do Corinthians, e Abel Ferreira, do Palmeiras, se cumprimentam antes do segundo jogo da final do Campeonato Paulista, na Neo Química Arena — Foto: Marcos Ribolli

O dono da marca ainda hoje é Marcelo Veiga. Morto em 2020 por causa da Covid-19, ele comandou o Bragantino por 4 anos, 11 meses e 15 dias entre 2007 e 2012.

– Exigência diária, compromisso diário. Quando não ganho, vocês vão me criticar como se fosse um treinador qualquer. É manter o foco, treino, repetição, consistência. Troca de treinador é só fazer as contas. O Palmeiras tem um... quanto custa mandar em um clube oito treinadores embora e buscar mais? Eu pago para despedir e pago para entrar – refletiu Abel, ao tratar de sua longevidade no cargo.

– Quanto isto custa, em termos financeiros? Eu penso assim, e nossa presidente pensa igual. Se não for bom, troca. É o que faço com os jogadores. Temos de acreditar no processo, não há como. O problema é esperar. Só vai ganhar um. Se cada equipe tiver um Ancelotti, Guardiola, Mourinho ou Luis Enrique, um vai ganhar e quatro vão descer – completou.

Veja a entrevista de Abel Ferreira, do Palmeiras, depois da vitória sobre o Bolívar

 

 

E o futuro?

 

Palmeiras e Abel Ferreira estão prestes a tomar uma decisão para 2026. O contrato do técnico se encerra em dezembro e ainda não há uma negociação em curso para renovar.

A presidente Leila Pereira já deu declarações de que deseja manter o comandante até o fim de sua gestão, em 2027, e o clube sinalizou isso ao técnico.

– O Abel sabe o que nós pensamos, o que a senhora presidente pensa da continuidade dele e vamos conversar no momento oportuno, que a gente entende ser o melhor para as partes. Há uma relação não só profissional, mas de confiança do que cada parte diz à outra – declarou o diretor de futebol Anderson Barros ao ge, no início de abril.

Qual é o pacto? ge Palmeiras analisam força do time na Libertadores com Abel

 

O técnico declarou no início do ano que esta seria sua última temporada no Brasil, mas isso não está definido ainda.

Abel tem o nome citado como possível alvo para assumir a seleção brasileira, só que a entidade não fez contato com a diretoria alviverde, e o clube não abre mão do treinador às vésperas da disputa da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Neste cenário, Carlo Ancelotti, hoje, é o favorito à vaga na CBF.

 

Veja as trocas de técnicos na era Abel

 

 

  • Santos (12 técnicos): Cuca, Ariel Holan, Fernando Diniz, Fábio Carille (primeira passagem), Fabián Bustos, Lisca, Odair Hellmann, Paulo Turra, Diego Aguirre, Marcelo Fernandes, Fábio Carille e Pedro Caixinha
  • Corinthians (10): Vagner Mancini, Sylvinho, Vitor Pereira, Fernando Lázaro, Cuca, Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes, António Oliveira, Ramón Díaz e Dorival Júnior (ainda não assumiu)
  • São Paulo (6): Fernando Diniz, Hernán Crespo, Rogério Ceni, Dorival Júnior, Thiago Carpini e Luis Zubeldía
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