Por Agência Brasil Sábado, 14 de Dezembro de 2024
A seca e as altas temperaturas prejudicaram a produção de café e estão deixando a bebida cada vez mais cara. O grão moído teve uma alta de quase 33% no acumulado dos 12 meses até novembro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10).
Nos supermercados, o pacote de 1 kg está sendo comercializado, em média, a R$ 48,57, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Em janeiro, o valor era de R$ 35,09.
De acordo com os especialistas do setor, os preços devem se manter elevados, pelo menos, até 2026, uma vez que as lavouras podem demorar para se recuperar.
Ainda assim, esse cenário vai depender das condições climáticas de 2025:
- Calor e seca: o clima gerou um estresse na planta, que, para sobreviver, teve que abortar os frutos, ou seja, impedir o seu desenvolvimento.
- Incerteza do futuro: 2024 não foi o único período em que o café sofreu com intempéries climáticas. Problemas, como geadas e ondas de calor, vêm acontecendo há 4 anos. A possibilidade de que as próximas safras também sejam ruins influencia o encarecimento.
- Aumento do consumo: o café é a segunda bebida mais consumida no Brasil e no mundo, atrás apenas da água. Mesmo com os preços elevados, a tendência é que a demanda continue subindo. Além disso, o Brasil tem aberto espaço em novos mercados internacionais, o que influencia na oferta da bebida internamente.
- Maior custo de logística: as guerras no Oriente Médio encareceram o embarque do café nas vendas internacionais, elevando também o preço dos contêineres, principal meio para a exportação.
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