Faleceu no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos, o jovem Marcos Amâncio de Oliveira, de 24 anos, mais conhecido como Marquinhos, após permanecer internado em estado gravíssimo desde a noite do último sábado (19). Ele havia sofrido um grave acidente na BR-230, entre o município de Malta e o distrito de Santa Gertrudes.
Desde a internação, Marquinhos estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com traumatismo cranioencefálico e um quadro clínico extremamente delicado. Sem apresentar reações neurológicas ao longo dos dias, os médicos iniciaram o protocolo de morte encefálica nessa quarta-feira (23), e o óbito foi confirmado em seguida.
Mesmo em meio à dor, a família tomou uma atitude nobre e solidária, autorizando a doação dos órgãos do jovem. Equipes de psicologia e assistência social do hospital prestaram apoio à família durante todo o processo.
Segundo o tio da vítima, Francisco Amâncio, uma equipe médica está se deslocando de João Pessoa para realizar o procedimento de captação dos órgãos, com chegada prevista para a tarde desta quinta-feira (24). A família também prepara um cortejo simbólico no hospital, marcando a despedida de Marquinhos e celebrando sua última missão: salvar outras vidas.
Um grave acidente de trânsito foi registrado no último sábado (19), na BR-230, entre o município de Malta e o distrito de Santa Gertrudes, em Patos, no Sertão da Paraíba. A colisão envolveu uma motocicleta Honda CG Titan, de cor preta, conduzida por Marcos, e um automóvel Chevrolet Onix, também de cor preta, cujo condutor foi identificado como Francisco Arcenio da Costa, de 57 anos, conhecido como "Chicão".
De acordo com informações, Marcos seguia de Malta com destino a Santa Gertrudes quando foi surpreendido pelo carro, que tentava atravessar a rodovia para acessar uma via vicinal. A manobra resultou em uma colisão frontal de forte impacto.
O motorista do automóvel, Francisco, foi submetido ao teste do etilômetro, que indicou 0,45 mg/l de álcool por litro de ar expelido, confirmando o estado de embriaguez. Ele foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia na tarde do domingo (20). Durante a audiência, o Ministério Público requereu a conversão do flagrante em prisão preventiva. Enquanto a defesa requereu a liberdade provisória com a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão.
Na decisão, o juiz plantonista Mathews Francisco Rodrigues de Souza do Amaral entendeu que o condutor assumiu o risco ao dirigir sob efeito de álcool, e converteu a prisão em preventiva:
No presente caso, a prisão preventiva está devidamente justificada para garantia da ordem pública, destacando-se:
1) o modus operandi do delito e periculosidade do agente [já que, através de embriaguez preordenada, assumiu o risco de assumir o volante com capacidade motora reduzida, utilizando-se de veículo como instrumento múltiplas lesões na vítima, a qual foi socorrida pelo SAMU de forma inconsciente e em estado grave]; 2) a necessidade de proteção física da vítima e de outras pessoas que poderão ser alvo do representado.
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