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Mulher morre no banheiro após harmonização de bumbum no Recife; médico é investigado

Por CNN Brasil    Terça-Feira, 14 de Janeiro de 2025


A Polícia Civil de Pernambuco e o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) investigam a morte de Adriana Barros Lima Laurentino, de 46 anos, após a realização de uma “harmonização de bumbum” na clínica Bodyplastia. O procedimento estético foi realizado no dia 11 de janeiro, e poucas horas depois, a vítima foi encontrada sem vida dentro da própria casa. A morte foi registrada pela Polícia Civil como Outras Ocorrências Contra a Pessoa, e as investigações seguem para esclarecer as circunstâncias do caso.

Segundo familiares, Adriana começou a sentir dores intensas logo após ser liberada da clínica e retornou para casa, onde não resistiu e faleceu. “A vítima, uma mulher de 46 anos, foi encontrada sem vida dentro do banheiro de sua residência. As diligências seguem até o esclarecimento do ocorrido”, esclareceu a Polícia Civil.

O médico responsável pelo procedimento, Marcelo Alves Vasconcelos, está sendo investigado pelo Cremepe, que revelou que ele não possui inscrição ativa no Conselho de Medicina de Pernambuco. Além disso, o Cremepe informou que a clínica Bodyplastia não teria a infraestrutura adequada para realizar intervenções como a de Adriana.

“Em virtude da repercussão do falecimento de Adriana Soares Lima Laurentino, de 46 anos, após se submeter a um procedimento estético, o Cremepe realizou, nesta segunda-feira (13), uma fiscalização emergencial na clínica onde o procedimento foi feito. Durante a vistoria, foi constatado que o médico responsável pelo atendimento não possui registro regular junto a este Conselho Regional e que o ambiente em que o procedimento foi realizado não é adequado para a realização desse tipo de intervenção, o que o torna incompatível com os requisitos de segurança exigidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)”, informou o Cremepe em nota.

Nas redes sociais, Marcelo Alves Vasconcelos divulga o uso da substância polimetilmetacrilato (PMMA) em seus procedimentos estéticos. No entanto, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) se posiciona contra o uso do PMMA, alertando para os riscos à saúde e pedindo à Anvisa a proibição do material desde 2024.

O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Cremepe, que trabalham para esclarecer as causas da morte de Adriana e determinar as responsabilidades.

A CNN entrou em contato com a defesa do médico, que informou que Marcelo “sempre agiu diligentemente, seguindo os padrões preconizado pela boa técnica, mas que infelizmente intercorrências cirúrgicas podem ocorrer. Todas as pacientes do Dr. Marcelo assinam um termo de consentimento livre e esclarecido para a possibilidade de ocorrer um evento adverso, que pode ser uma complicação ou intercorrência, conforme o presente caso. A paciente não tinha qualquer comorbidade ou contraindicação para o procedimento realizado, quer seja bioplastia glútea, sendo todas as etapas do procedimento cuidadosamente planejadas e executadas, seguindo os mais rigorosos padrões de segurança e qualidade”.

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