A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (10), uma nova operação na Paraíba. Denominada de ‘Conexão Paraíba’ a ação pretende desarticular um núcleo de uma organização criminosa transnacional especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro no estado.
Segundo a PF, a operação é um desdobramento das investigações iniciadas em 2019 e conta com cooperação internacional entre Brasil e Itália.
A investigação teve início após a prisão de dois integrantes da máfia italiana em João Pessoa, revelando o papel estratégico da Paraíba na logística de transporte de drogas para a Europa. Durante as apurações, foram identificados vínculos entre indivíduos e organizações locais com a estrutura internacional do crime organizado.
Na ação de hoje, foi cumprido um mandado de prisão preventiva em João Pessoa, no bairro Jardim Cidade Universitária, na Zona Sul da cidade.
Segundo a PF, além da Paraíba, a operação cumpre mandados de prisão preventiva em São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Campos do Jordão (SP), Antonina (PR), Recife (PE) e em Parnamirim (RN), totalizando oito prisões.
Há ainda 16 mandados de busca e apreensão criminal na Paraíba, do Rio Grande do Norte, Pernambuco, São Paulo e Paraná. Também foi determinado, judicialmente, o bloqueio de valores bancários e o sequestro de bens móveis e imóveis.
Em nota à imprensa, a Polícia Federal da Paraíba detalhou que os investigados são suspeitos de integrar um esquema sofisticado de envio de grandes carregamentos de cocaína para a Europa. A droga era transportada pelo método conhecido como “RIP ON – RIP OFF”, em que o entorpecente era escondido em contêineres com cargas lícitas, com destino a portos europeus.
A organização criminosa também utilizava aeronaves privadas para transporte aéreo de drogas a aeroportos na Europa.
Outra operação deflagrada hoje (10), no Paraná, também pela Polícia Federal, cumpre mandados judiciais relativos ao mesmo grupo criminoso, alvo da investigação em conjunto com a PF Paraíba e a polícia italiana. Trata-se da operação Mafiusi.
A investigação estima que entre 2018 e março de 2024, o grupo movimentou aproximadamente R$ 7 bilhões em transações financeiras ilegais. Esses valores foram lavados por meio de uma rede de empresas e contas bancárias utilizadas para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos.
*atualizado às 7h18.
*com informações da Polícia Federal.
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