Vandalúcia Soares Sobreira, de 43 anos, foi assassinada com um golpe de faca no tórax, na cidade de Pombal, no Sertão da Paraíba, por volta das 14h48 desta terça-feira, 22 de abril. Este seria apenas mais um caso de feminicídio senão fosse o histórico do principal envolvido em atos de violência doméstica, pois o acusado de cometer o crime é Jhon Lenon Martins de Oliveira, de 35 anos, o mesmo que já tinha atentado com a vida de outra mulher, só que em outra cidade, em Patos no final do ano passado.
O major Fernando, comandante da PM em Pombal, disse que o autor do crime foi preso em flagrante momentos depois pela guarnição que passava nas proximidades. Ele ainda teria tentado fugir, mas não obteve êxito e foi capturado.
O major relatou que o investigado negou o crime, mas as imagens de câmeras de monitoramento registraram o momento do delito. O PM disse que até o momento a faca utilizada no feminicídio não foi localizada.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima e o suspeito eram andarilhos e estavam abrigados em uma clínica de reabilitação na cidade de Cajazeiras.
Um crime de feminicídio foi registrado na tarde desta terça-feira (22) no Centro da cidade de Pombal, Sertão paraibano. De acordo com informações da Polícia Militar, o casal era andarilho e após uma discussão entre homem e mulher, ele desferiu um golpe de faca no peito da companheira, Vandalucia Soares Sobreira, em plena via pública.
Vandalúcia morreu ainda no local, apesar da atuação das equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do SAMU.
Jhon Lenon foi conduzido à Delegacia Distrital de Pombal, onde permanece detido, à espera da audiência de custódia, prevista para esta quarta-feira (23).
Ainda de acordo com as informações da polícia, assassino e vítima são naturais de São José do Egito-PE e viviam pelo Sertão da Paraíba. O comandante falou que Jhon Lenon tem uma vasta ficha criminal com várias passagens por diversos motivos dentre eles, lesão corporal.
A PM relatou que o suspeito estava atualmente vivendo em Cajazeiras onde que teria cometido uma tentativa de homicídio no último dia 13 de abril.
No entanto, o histórico de brigas e agressões com até tentativa de homicídio por parte do agressor é mais vasto.
Quando ele estava na Capital do Sertão, Jhon Lenon já havia atentado contra a vida de sua então companheira de rua.
Na noite do dia 11 de janeiro de 2023, por volta das 20h, ele desferiu socos e chutes contra Vandalúcia Soares, nas proximidades da Catedral de Patos. Na ocasião, foi preso em flagrante, mas posteriormente colocado em liberdade provisória.
Apesar da condenação a um ano de reclusão em regime semiaberto, no contexto da Lei Maria da Penha, os autos do processo foram arquivados em dezembro de 2023.
Quase dois anos depois, no ano passado, na tarde da terça-feira, dia 03 de dezembro, ele foi detido de novo após tentar matar sua então companheira Maria Eduarda, de 22 anos, com uma garrafa quebrada, na Rua Coronel Miguel Sátyro, nas proximidades do Bar do Baicora, no Centro de Patos.
Maria Eduarda foi atingida na cabeça e tentou buscar ajuda entrando no Bar Baicora. Ela foi perseguida e só não chegou a ser mais agredida diante de intervenções de populares e de um policial à paisana que estava nas imediações.
Na ocasião, um policial à paisana impediu que a violência se tornasse fatal, e Jhon foi preso em flagrante. A prisão preventiva foi decretada; todavia, após mais de 60 dias detido, não foi oferecida denúncia pelo Ministério Público, e a preventiva foi revogada em fevereiro de 2025.
Já em outra cidade, no último dia 13 de abril, ele havia praticado mais uma tentativa de homicídio, só que desta vez no Centro de Cajazeiras. Na oportunidade, o acusado desferiu um golpe com o gargalo de uma garrafa contra um morador de rua.
Além dos crimes de violência doméstica e contra a vida, sua ficha inclui passagens por roubo, furto e porte de arma branca.
A Polícia Civil trata a morte de Vandalúcia como feminicídio e investiga a motivação que levaram Jhon Lenon a assassinar sua companheira. Testemunhas relataram que o casal discutiu momentos antes do crime, mas as motivações ainda são desconhecidas.
Denuncie casos de violência – Se presenciar alguma agressão contra mulheres, entre em contato com o 190. A maioria dos casos de violência doméstica é praticada por parceiros ou ex-parceiros, mas a Lei Maria da Penha também abrange situações de agressões cometidas por outros membros da família.
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