A Polícia Civil de Patos abriu investigação para apurar a queda do adolescente de 14 anos do 6º andar do Edifício Residencial Milindra 6, localizado na cidade de Patos, nesta quarta-feira, 23/04, por volta das 6h30.
De acordo com a delegada titular da 1ª DD e responsável pelas investigações, Daniela Quirino Pires, a ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia Distrital.
Pelo menos duas linhas de investigação estão sendo levadas em consideração: a queda foi provocada ou foi um acidente?
Daniela informou que durante todo o dia, e logo após a notícia do fato, foram iniciados os procedimentos policiais, com oitivas de parentes, funcionários e moradores do residencial, bem como a realização de perícia no apartamento da vítima.
Segundo a delegada, os responsáveis e familiares que estavam no apartamento foram os primeiros a serem ouvidos, inclusive ainda no hospital.
“Na manhã de hoje, fomos informados dessa triste ocorrência do adolescente de 14 anos que teria caído do sexto andar. Foram feitas diligências iniciais no hospital, mantendo contato com os pais e familiares para entender o que aconteceu no apartamento antes da queda”, explicou Daniela.
Neste momento de investigação, todos os detalhes são importantes para polícia elucidar o caso, como até quem estava no local e onde.
A delegada revelou que no momento da tragédia estavam no apartamento o pai do adolescente, a companheira do pai, duas crianças pequenas, sendo uma delas filha da companheira e outra a irmã de 11 anos da vítima, além do próprio adolescente.
“Por volta das 6h30, todos estavam na rotina de se arrumar para escola e trabalho. A irmã do menino disse ter visto uma mão na varanda. Quando todos correram para o local, já visualizaram o corpo da vítima no chão”, revelou a delegada.
A Polícia Civil ainda não entende que o caso esteja devidamente explicado, por isso, continua com as investigações que não tem data para seu término.
A delegada informou ainda que durante todo o dia, também foram colhidos depoimentos de funcionários do edifício, que não notaram nenhum comportamento suspeito antes do ocorrido.
Peritos da Polícia Científica realizaram perícia no apartamento e não identificaram sinais de violência.
“Não se constatou qualquer sinal de violência no local, de modo que vamos aguardar o andamento das investigações, com a realização de outras diligências, para realmente entender qual foi a motivação que levou esse adolescente a praticar tal ação.”, concluiu a delegada.
Estado grave de saúde
O adolescente foi transferido por volta das 15h23 para o Hospital de Trauma em Campina Grande.
Antes, porém da transferência, o adolescente passou por cirurgia no fêmur e fixação da bacia o Complexo Hospitalar Regional de Patos, sendo então regulado para o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande,.
A regulação para Campina Grande foi feita conforme a liberação médica. As informações são de que o jovem ainda se encontra em estado gravíssimo.
A Assessoria de Comunicação da unidade informou que o garoto permanece intubado na Área Vermelha do Trauma, com quadro clínico gravíssimo.
Consternação e mobilização
O caso teve grande repercussão na cidade de Patos e todos ainda estão assustados e sem entender o que de fato ocorreu no interior daquele apartamento.
O caso causou consternação por parte até de profissionais que lidam com casos como este todos os dias.
Profissionais que participaram do socorro ao menor ficaram abalados emocionalmente após o fato, relatando à reportagem que o momento foi desesperador, por se tratar de uma vida tão jovem. “Foi angustiante, estou ainda muito impressionado”, contou um dos socorristas da unidade de urgência.
Na unidade escolar onde o adolescente estuda, Colégio Fera, uma corrente de oração vem sendo feita por meios de colegas de turma, professores e funcionários da escola.
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