Em um repeteco de confraternizações no ano passado, o jantar com o presidente Lula na residência oficial da presidência da Câmara na noite de quarta-feira teve cobranças de Hugo Motta (Republicanos-PB) e outros deputados, promessas do petista de estreitar o contato com parlamentares e um cardápio cheio de vinhos e uísques caros.
Do próprio anfitrião, Lula ouviu um apelo por seu empenho para destravar a “execução orçamentária” – referindo-se, claro, às emendas parlamentares, cujo ritmo de liberação ficou prejudicado pela aprovação tardia do Orçamento de 2025, que só foi para sanção presidencial em 20 de março. A Constituição determina que o Congresso conclua a votação até 22 de dezembro do ano anterior.
Além disso, como vem ocorrendo em encontros à la happy hour quase anuais entre o presidente da República e parlamentares no atual mandato, deputados disseram para Lula “voltar à ativa” na articulação política com o Congresso. Segundo líderes presentes, o petista concordou e prometeu marcar “uma pelada e um churrasco” na Granja do Torto – um hábito que ele cultivou em seus primeiros dois mandatos, de 2003 a 2010.
Ao longo da noite, garçons serviam garrafas do vinho tinto Vega Sicilia Pintia, que custam a partir de 1.000 reais, e uísque Macallan, além de um rótulo japonês que Lula gosta de beber. Na hora do jantar, os comensais podiam escolher um fettuccine com camarões ou medalhões de carne ao molho.
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