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Oposição de Patos sai como a grande derrotada e perde 75% de suas cadeiras no parlamento

Por Vicente Conserva 40 graus    Segunda-Feira, 7 de Outubro de 2024


A vitória esmagadora e histórica do prefeito Nabor Wanderley (Republicanos) em Patos, representou não só a consolidação de um grupo político, mas também nos trouxe outras revelações: que em Patos após a morte do ex-prefeito Dinaldo Wanderley, a oposição ficou órfã de liderança e foi a grande derrotada de forma humilhante até, nestas eleições.

Reeleito para o seu quarto mandato com 37.613 votos, o que corresponde a 73,76% do total, Nabor entrou para história em mais um aspecto da política como o candidato que colocou maior diferença de votos sobre seu segundo colocado: 26.242 votos de maioria. Até então, a maior diferença havia sido em 2000 quando Dinaldo venceu Nabor com diferença de 12.846 votos.

Nabor não só dobrou essa diferença como ampliou em 21.145 os votos em cima de Ramonilson que perdeu para o prefeito em 2020 com uma diferença de 5.097 votos.

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É algo histórico e traduz o tamanho da força e liderança inconteste do gestor na cidade, bem como a falta de liderança contida na pessoa de seu opositor que não conseguiu elevar seu patamar em quatro anos, pelo contrário, diminuiu ainda mais de tamanho diante de uma derrota humilhante. Este que já havia sido humilhado pelas urnas quando se candidatou a deputado estadual em 2022 obtendo apenas 6.116 votos em Patos.

Passado o resultado das eleições de 2024, o cenário político da Câmara Municipal de Patos apresenta uma nova configuração, marcada pelo fortalecimento do grupo do atual prefeito, Nabor Wanderley.

Em 2024, não só Ramonilson foi humilhado, mas todos aqueles que representam a oposição. Dos quatro vereadores que atuavam como oposição à gestão municipal, três foram derrotados nas urnas com votações pífias, recebendo votações inexpressivas para quem tinha mandato e fazia oposição severa ao chefe do Poder Executivo.

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Jamerson Ferreira, eleito em 2020 com 887 votos, foi derrotado sufragando apenas 299 nesta eleição.

Patrian Junior, ganhou uma cadeira em 2020 obtendo 490 votos, em 2024 teve 625 votos, mesmo assim não conseguiu se eleger.

José Gonçalves, que em 2020 sufragou 626 votos, sendo único eleito pela esquerda, agora a votação caiu para 374 votos.

A exceção entre os oposicionistas ficou à cargo de Josmá Oliveira, que conseguiu se reeleger saindo de 550 votos em 2020 para 1.222 votos neste ano. No entanto, sua derrota e de todo o seu partido, poderá vir nos tribunais já que o MDB irá sofrer ação por conta de fraude em cota de gênero podendo ter toda a chapa cassada com perda do único mandato conseguido.

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Diante disso, a derrota da oposição pode ser ainda mais acachapante dentro da perspectiva de o prefeito assumir seu quarto mandato com os 17 vereadores da Casa Juvenal Lúcio de Sousa fazendo parte da sua base.

Algo que representa também essa derrota, é o fato do partido do candidato Ramonilson (PSDB) não ter sequer eleito um vereador. Ele não conseguiu transferir votos para os 13 candidatos que obtiveram juntos apenas 1.043 votos.

Mais ainda pelo fato de seu principal apoiador e articulador de campanha, Brother Construtor (PSDB) ter sido derrotado antes mesmo do dia 6 de outubro ao ser impedido de concorrer a vereança por indeferimento de candidatura, perdendo em duas instâncias por ter condenações e ser considerado Ficha Suja. Brother e seu grupo sofreu mais outra derrota ao colocar seu irmão Evandro do Brother como substituto e sufragar apenas 598 votos.

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Outra derrota para oposição foi o fato do candidato de esquerda, Edileudo Lucena (PT) ter tido um desempenho bem inferior ao ex-prefeito Lenildo Morais (PT) que concorrendo ao cargo de prefeito em 2020 obteve 2.884 votos, enquanto que ele teve 1.516 votos apenas, numa clara demonstração da força inexpressiva da esquerda oposicionista na Capital do Sertão. A Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PC do B e PV, sequer conseguiram atingir o quociente eleitoral para eleger um vereador, e assim, a única cadeira que tinha na figura de Zé Gonçalves, perdeu.

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Até outros que ameaçaram surgir como liderança política oposicionista, como foi o caso da baronesa Priscila Lima (MDB), saiu do páreo antes mesmo de começar desistindo de sua pré-candidatura para apoiar Ramonilson que depois foi abandonado por ela mesma no meio do caminho, deixando-o ainda mais fragilizado, bem como bagunçando toda a oposição já cambaleante. Priscila ainda tentou eleger sua irmã Dúnia Lima (MDB) que também desistiu no meio da disputa.

Para completar, sem mostrar liderança política, bagunçou totalmente seu partido a ponto de 7 mulheres saírem da disputa para vereador.

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Diante do quadro escrito nas eleições de 2024, difícil será para oposição encontrar forças e nomes, capazes de fazer frente a um grupo que detém não só o poder local, mas com representatividade nos cenários estadual e nacional, a partir das figuras de Francisca Motta e Hugo Motta, este cotado para ser o próximo presidente da Câmara Federal.

Para alguns mais céticos numa reviravolta a curto ou médio prazos, é uma espécie de aniquilação da oposição, com impactos ainda mais duradouros.

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