Um ano com poucas surpresas e posição marcada entre parlamentares é a aposta do Congresso Nacional para 2025.
Na Câmara dos Deputados, a expectativa se volta para o líder do Republicanos, Hugo Motta. Com o apoio de 18 partidos e do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), Motta pode repetir ou até mesmo ultrapassar a votação histórica do alagoano, que conquistou 464 votos em 2023.
Considerando os partidos que confirmaram apoio ao paraibano, ele teria 495 votos. Motta deve concorrer com o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que também quer se candidatar à Presidência da Câmara.
O deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) classificou Motta com um perfil marcado pela “prudência”. “Vamos ter mais calmaria. É a minha impressão”, destacou, ao explicar que o paraibano tem um perfil mais moderado se comparado a Lira.
Líder da oposição em 2025, o deputado Luciano Zucco (PL-RS) disse esperar que, na gestão de Motta, o espaço às pautas do bloco seja “respeitado dentro do plenário e nas respectivas comissões”. O parlamentar gaúcho ainda destacou a expectativa para que Motta “defenda as prerrogativas parlamentares”, algo que, na visão oposicionista, Lira fez.
“Espero que, como presidente, ele defenda as prerrogativas parlamentares que vêm sendo atacadas constantemente e faça valer o que diz a nossa Constituição Federal. Temos muito trabalho pela frente, nosso país precisa que o Legislativo avance seriamente em pautas que visem melhorias e soluções para os diversos problemas que estamos enfrentando”, explicou Zucco ao R7, destacando que, nas pautas prioritárias, o projeto de lei da anistia segue como demanda da oposição.
Apesar de ter sido considerada uma “moeda de troca” para o apoio do PL a Motta, o paraibano não se comprometeu publicamente com a proposta. Ele defendeu uma análise “cautelosa” sobre o tema e destacou que a questão deve ser tratada de forma responsável e independente do processo eleitoral interno da Casa.
“Se essa for a vontade da maioria dos meus pares, que eu seja presidente da Casa, conduzirei os trabalhos com esse compromisso voltado ao futuro do país”, afirmou o deputado no ano passado.
Em outra frente, o governista e líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), prevê um ano de boa gestão para o Legislativo, em uma condução que atenda à diversidade entre os parlamentares.
“O processo que foi construído resultou na ampla coalizão, o que sinaliza um ano bom no que diz respeito ao trabalho legislativo, porque isso sugere um ambiente bom, positivo, dentro da diversidade de Casa”, disse. “Acho que o futuro presidente tem tudo para fazer uma gestão muito marcante”, completou.
Presidente da Bancada Evangélica na Câmara, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) explicou que espera de Motta “equilíbrio, diálogo e relacionamento racional entre os Poderes”.
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