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QUARTA, 04 - VOCÊ NÃO PODE PERDER: Os bastidores das eleições em Patos e na Câmara Federal com Hugo Motta no páreo

Por Vicente Conserva 40 graus    Quarta-Feira, 4 de Setembro de 2024


CORPOS AUSENTES

 

Os deputados estaduais da Paraíba também estão em campanha mesmo a de 2024 sendo uma eleição municipal. Após 15 dias sem sessão de votação, a Assembleia Legislativa da Paraíba se reuniram em plenário nesta terça-feira (3). Foi a segunda desde o início de agosto, quando o presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), decidiu reduzir os trabalhos para que os parlamentares tivessem mais tempo para circular na campanha eleitoral.

 

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Apesar do quórum de 32 presentes no painel, a maioria marcou presença de forma remota e não participou efetivamente da votação de algumas matérias importantes, como vetos do Executivo. Na análise dos vetos, estavam no painel como presentes, mas não votaram, três deputados que concorrem a prefeituras nas eleições deste ano: Chico Mendes (PSB), em Cajazeiras; Inácio Falcão (PCdoB), em Campina Grande; e Luciano Cartaxo (PT), que concorre em João Pessoa. O deputado Eduardo Brito (SD), que está em campanha a prefeito de Mamanguape, não compareceu à sessão. Também não foram hoje Bosco Carneiro (Rep), Dinho Papaléguas (PSDB) e Jane Panta (PP). Dos deputados que estão na disputa, apenas Wallber Virgolino (PL), candidato a prefeito de Cabedelo, esteve presente e de forma presencial.

 

ALBINISMO

 

Nesta terça-feira (3), os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei 2.173/24, de autoria da deputada Camila Toscano (PSDB), que cria, na Paraíba, a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo.

 

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São diretrizes da Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo: promoção de ações voltadas a garantir o direito à saúde, à inclusão social e aos demais direitos sociais da pessoa com albinismo; divulgação de informações relativas ao albinismo e suas implicações; incentivo à formação e capacitação de profissionais especializados no atendimento à pessoa com albinismo; estímulo à inserção da pessoa com albinismo no mercado de trabalho; garantia do atendimento prioritário na marcação de consultas dermatológicas e oftalmológicas, com observância da classificação de risco; e realização periódica de censo para coleta e divulgação de informações sobre a população com albinismo na Paraíba.

 

MENOS UMA

 

A candidata a vereadora pelo MDB de Patos, Kirla da Excursão, desistiu da postulação para apoiar outro candidato. Com isso, O MDB terá que correr atrás de mais nomes já que estava no limite mínimo do número de mulheres na chapa que era 5. Como Ana Patrícia também havia desistido para ser vice de Ramonilson Alves, o partido já tinha colocado outra em sua vaga. Agora tem que correr atras do prejuízo.

 

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GASTOS DEMAIS

 

Todos os candidatos têm, por lei, limites de gastos em cada campanha. Em Patos, um candidato a vereador só pode gastar até R$ R$ 105.789,47 enquanto que o postulante a prefeitura até R$ R$ 848.589,05. No entanto, o que se assiste é um rasga rasga de dinheiro que dificilmente alguém vá acreditar que um candidato a vereador consiga gastar pouco mais de R$ 100 mil.

 

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Todos sabem que o caixa 2 e os subterfúgios ainda existem e muitos estão prontos e dispostos a burlar a legislação. Como fiscalizar isso? Diria que é impossível.

 

PÉSSIMO PRODUTO

 

Ouvindo os programas eleitorais realizados até agora em Patos, fica a sensação que simplesmente temos hoje um produto feito nas coxas pelos produtores. Além de pessimamente mal produzidos, o conteúdo apresentado até agora deixa muito a desejar e creiamos que não atenda às necessidades e anseios dos eleitores. Muito se deve também pelo tempo exíguo para feitura de cada guia. Como o Congresso fez a façanha errônea de diminuir o tempo, complicou a vida das produtoras e agências que têm que se rebolar para apresentar bom conteúdo em pouco tempo.

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Mesmo assim, a produção é de péssima qualidade e não é capaz de atrair ninguém. Ainda dá tempo consertar.

 

SAMBA DE UMA NOTA SÓ

 

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A impressão que se tem é que em Patos se toca apenas um samba de uma nota só. Após mais de 15 dias de campanha, a movimentação política ainda é maior de apenas um lado. Os demais, pouco tem aparecido e até material de campanha é difícil de encontrar de tais postulantes. O que está acontecendo?

 

OS CORDEIRINHOS

 

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Eles estão em toda parte, rincões, becos e vielas das cidades. Mas em Patos, parece que a terra aqui produz mais. Nunca vimos, talvez, tantos candidatos posando de salvadores da pátria e distribuindo suas benesses, mas garantindo que estão com as melhores das intenções. Infelizmente o eleitor ainda não está preparado para dizer NÃO, e o preço será cobrado depois.

 

Depois não adianta reclamar se você votar errado.

 

A ASCENÇÃO DE HUGO

Hugo Motta e Marcos Pereira

 

O renomado e importante colunista Lauro Jardim, um dos mais respeitados do Brasil, revelou em sua coluna na noite desta terça-feira que a disputa pela presidência da Câmara está ganhando novos contornos. Na nova conjuntura, contudo, resta a participação pública do presidente Artur Lira. Segundo ele, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, e desde o ano passado trabalhando para suceder a Arthur Lira, resolveu abrir mão de sua candidatura em favor de Hugo Motta, líder do partido na Câmara. Ele acrescenta: é definitivo. Pereira está saindo da disputa e o discurso será o da “pacificação”.

Por essa articulação, Motta seria o candidato de consenso. Hoje, Pereira informou a Lula dessa decisão.

 

APOIO DE LULA

 

Já o site Metrópoles traz a informação que Hugo Motta tem o apoio do presidente Lula. “O presidente Lula está muito perto de selar a indicação do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para suceder a Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, informam fontes do Planalto. De acordo com interlocutores, os presidentes dos dois Poderes chegaram a um consenso sobre o perfil do parlamentar, mas ainda terão uma longa noite de negociações, que envolvem duas vagas para ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), com os demais postulantes ao cargo e líderes partidários.

 

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Até então, três deputados eram vistos como opções para a sucessão de Lira: o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), o líder do PSD, Antônio Brito (BA), e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), que cedeu a candidatura para Motta. Elmar é visto como o favorito de Lira, mas encontra dificuldades entre o chamado “baixo clero” da Câmara. Antônio Brito é um nome que transita bem entre governo e oposição e pelo baixo clero, mas não conseguiu ser favorito nem de Lula nem de Lira. Pereira é o atual vice-presidente da Casa, mas recebeu um “veto” de Bolsonaro, que tornou o empreita inviável do ponto de vista de votos, uma vez que o PL tem quase uma centena de deputados.

 

ALÉM DA VAIDADE, A COMPLEXA ASCENSÃO

 

A opinião é do jornalista Walter Santos que nós reproduzimos na coluna sobre a provável candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara.

 

“Não há um veículo de comunicação sério no Brasil que não esteja tratando em manchete a ascensão do nome do deputado federal Hugo Motta como provável presidente da Câmara Federal, depois de seu presidente de partido, Marco Pereira, “jogar a toalha” na disputa e passar a apoiá-lo.

Feito “fogo de monturo”, a queima da pretensão do 1o Secretário da Câmara se deu mesmo sem querer pela habilidade reconhecida do líder do Republicanos no legislativo, jovem parlamentar com 34 anos apenas, em meio a uma fauna de leões federais a distinguir o deputado federal paraibano pela forma diferenciada de agir nos bastidores.

Hugo Motta, por exemplo, antes de ascender no Republicanos como líder foi testado lá atrás em casos polêmicos, como ter sido relator da CPI da Petrobras no tempo da gestão de Eduardo Cunha saindo-se ileso do complicado caso fruto de sua habilidade.

Só que, a dados da conjuntura, o jovem líder paraibano precisa aferir particularmente os efeitos desta imensa missão porque o atual presidente Arthur Lira e o blocão que lidera têm exigências e/ou pautas bomba a serem mensuradas sabendo que tudo isso se dará diante do presidente habilidoso e experimentado Luiz Inácio Lula da Silva e demais Poderes da República. Em tempo: seu partido, Republicanos, é de linha conservadora.

 

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Tem mais: um pré-requisito importante na conjuntura expressa está o conhecimento amiúde das regras impostas pelo Regimento da Casa, conhecimento esse que fez as gestões de Henrique Alves, Eduardo Cunha e Arthur Lira se imporem nas relações de Poder para dentro e fora da Câmara.

Por exemplo: as questões de restrições constitucionais do STF, assim como os temas ligados às emendas orçamentárias, sem falar da definição das regras sobre BigTechs e das muitas pautas de costume prevendo retrocessos expressivos na sociedade são alguns dos vários e muitos assuntos de impacto na Câmara Federal e, particularmente, na performance de Hugo Motta.

Trocando em miúdos, a ascensão do líder do Republicanos precisa particularmente ser avaliada por ele próprio Hugo para saber se preservar das ciladas inerentes ao cargo de presidente, repito, muito além da vaidade humana, tudo isso imposto pelo saldo de Arthur Lira.

Agora, chegar onde chegou, somente com talento incomum aos habilidosos líderes políticos seria capaz. Eis o resumo da ópera.”

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