O Pombal pode ficar de fora do Campeonato Paraibano de 2025. A informação foi confirmada por Kaio Rodrigo, diretor de futebol do clube, que revelou uma série de problemas financeiros e administrativos que colocam em risco a participação da equipe no torneio estadual do próximo ano.
Ele destacou que o clube enfrenta um cenário de crise, com dívidas crescentes, bloqueios judiciais nas contas e processos trabalhistas que se acumularam após a participação no estadual deste ano. Além disso, há um clima de insatisfação entre diretores, sócios, torcedores e patrocinadores, gerado pela forma de gestão centralizada, segundo eles, adotada pela atual administração do clube, liderada pelo presidente Zildo de Souza.
Segundo o diretor, a metodologia de trabalho do clube foi alterada desde a chegada de Zildo, o que provocou o afastamento de praticamente toda a diretoria.
“A diretoria é composta por 27 membros, mas apenas um permanece ao lado dele. Os outros se afastaram”, explicou Kaio, acrescentando que, em gestões anteriores, o clube funcionava com decisões coletivas e que cada diretor era responsável por sua área específica.
Com o esvaziamento da diretoria e a crise financeira, surgiu a proposta de criar uma junta governativa, composta por cinco ou sete membros, para conduzir o Pombal em 2025. No entanto, essa ideia não prosperou até o momento.
“Nas outras gestões, éramos um grupo unido e tudo era decidido coletivamente”, lamentou Kaio.
Outro agravante, de acordo com o dirigente, são os diversos processos trabalhistas movidos por atletas após a campanha do estadual deste ano, em que o Pombal terminou na oitava colocação, com 10 pontos somados.
A situação interna também é marcada por conflitos entre o presidente do Conselho Deliberativo, Valdir Ferreira, e o grupo opositor à gestão de Zildo Sousa. Valdir revelou que está prevista uma reunião para esta terça-feira, que poderia discutir o futuro do clube, mas essa proposta foi rejeitada pela oposição.
A crise de liderança no Pombal não é recente: em junho deste ano, uma Assembleia Extraordinária foi convocada para destituir o presidente, mas Zildo permaneceu no cargo, alegando que não reconhecia os motivos apresentados pela oposição. A reportagem do Arena Correio tentou contato com o mandatário do Carcará, mas as ligações não foram atendidas.
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