Num dia marcante coberto de preciosismo e fé, o bispo diocesano de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, participou nesta sexta-feira (20), no Vaticano, de uma audiência com o Papa Francisco para mais um grupo de brasileiros em visita ad Limina Apostolorum. Após encontrar os representantes do Rio Grande do Sul, Ceará e Piauí, chegou a vez dos 20 bispos e um administrador diocesano do Regional Nordeste 2 da CNBB, ou seja, do Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A visita de paraibanos ao Papa Francisco, em Roma. foi também acompanhada pelo Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Delson.
O encontro é uma obrigação de todos os bispos que devem, a cada cinco anos, informar ao pontífice sobre os trabalhos conduzidos na Diocese. Todos os bispos do Brasil participaram da visita.
De acordo com Dom Delson, o encontro foi cheio de emoção e o ápice da visita foi poder conversar de perto com o papa. "Foi tudo muito intenso e proveitoso. Tivemos a oportunidade de conversar com os cardeais e secretários, esclarecemos dúvidas, recebemos orientações, pudemos expor nossas realidades, contribuindo, assim, para uma Igreja cada vez mais conectada com seus diferentes povos espalhados ao redor do mundo. Esses momentos nos confirmam na fé e nos mostram os caminhos por onde devemos andar. Estar com meus irmãos bispos, partilhando a vida e esses momentos também é fortalecedor.
A visita ad Limina começou na segunda-feira, dia 16, na Congregação para a Educação Católica. Desde então, o grupo visitou organismos da Cúria Romana para troca de experiências e receberam orientações da Igreja de acordo com a área dos departamentos. Mas, segundo o presidente do Regional, vieram até Roma, "em primeiro lugar, como peregrinos para rezar no túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo". Dom Paulo destacou também as celebrações realizadas nas quatro grandes basílicas de Roma, isto é, a de São Pedro, São Paulo Fora dos Muros, Santa Maria Maior e São João de Latrão. Outro elemento importante foi a hospedagem no Colégio Pio Brasileiro, em Roma.
Outro patoenses que prestigiou o momento foi dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, bispo de Garanhuns, de Pernambuco. Em entrevista ao Vatican News, ele que é presidente do Regional Nordeste 2, comentou sobre a audiência que durou 2 horas: "A primeira coisa que o Papa faz é quebrar todos os protocolos e formalidades. Ele nos deixa profundamente à vontade. Não houve discursos. Foi uma sentada para dialogar como irmãos: o Bispo de Roma e os bispos de igrejas particulares no Nordeste do Brasil. Partilhamos a vida, as nossas preocupações. O Papa tem um senso muito claro sobre a realidade que o nosso país vive, tem uma opinião muito clara contra todo tipo de clericalismo - essa cultura do clericalismo que destrói e é perniciosa. Ao mesmo tempo, o Papa nos falou de proximidade de 'cercania', proximidade com Deus, proximidade do bispo com o seu clero, proximidade com os outros irmãos bispos e proximidade com o povo. Conversamos sobre catequese e iniciação à vida cristã; o cuidado com os pobres, as consequências da pandemia, a presença dos bispos como irmãos mais velhos que acompanham, que oram, que participam da vida do seu povo e com o povo de Deus. E como o povo de Deus faz a vida cristã acontecer na porção do Povo de Deus que lhe foi confiado. Saímos daqui imensamente felizes, orando pelo Papa e também com a certeza de que o Papa ora por nós."
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